Embora a Internet seja uma fonte quase infinita de entretenimento e de informações, é difícil não se perguntar o quanto ela é segura, em geral. Afinal, toda essa comodidade tem que ter um preço, certo? Você está certo, e esse preço parece ser sua privacidade.
Bem, é aí que a navegação anônima entra em jogo – a ideia de navegar na web sem vazar nenhuma informação pessoal sobre você e ter isso registrado por autoridades, anunciantes e outras empresas.
A boa notícia é que algo assim é possível, mas antes de começarmos a falar sobre como permanecer anônimo online, precisamos deixar uma coisa bem clara – realmente não existe 100% de anonimato online. Definitivamente, você pode tomar precauções para proteger sua privacidade e diminuir muito o risco de que seus dados pessoais vazem ou sejam expostos, mas nenhuma abordagem é completamente infalível, considerando o quanto a internet é ampla, versátil e com tendência ao risco.
Então, quando usarmos termos como “navegação anônima”, é preciso levar esses fatores em consideração.
Acredite ou não, está cada vez mais difícil aproveitar qualquer tipo de privacidade na internet. O que você faz online não fica apenas entre você e seu aparelho. Para ser mais específico, estas são algumas razões pelas quais você precisa tanto da navegação privada:
Os governos sabem o quando a internet é uma fonte valiosa de informações, e a tratam de acordo – ao tentar bisbilhotar qualquer coisa que puderem, é claro.
E apesar de você poder pensar que a supervisão do governo só ocorre nos Estados Unidos, a realidade está longe disso. Enquanto os EUA possuem dezenas de projetos de vigilância em massa, não é o único país a fazer isso.
Tenha em mente também que a maioria dos governos requerem que os provedores de internet tornem os dados do usuário disponíveis para as autoridades, e os armazenam por um certo número de anos.
A navegação anônima ajudaria nisso ao dificultar para os órgãos do Governo monitorarem o que você faz online, e monitorar o seu tráfego. Ainda assim, vale a pena notar que essa proteção não é 100%. Quando você está online, isso simplesmente não é possível.
Embora quase todos os países do mundo concedam a seus cidadãos o direito à liberdade de expressão, isso está começando cada vez mais a parecer um direito teórico. Na realidade, é muito fácil ter sua liberdade de expressão ameaçada – seja porque uma plataforma online censurou você ou pessoas lhe intimidaram por causa de suas opiniões.
Às vezes, mesmo o sistema jurídico não lhe dá cobertura. Em países como a Arábia Saudita, por exemplo, onde a auto-censura é a norma. De outro modo, você arrisca entrar em sérios problemas jurídicos – de ir para a cadeia até ser açoitado em público.
Bem, a coisa boa sobre a navegação anônima é que ela pode lhe dar uma voz na internet – mesmo que você não tenha uma. Já que as pessoas não saberão quem você é, você poderá falar livremente o que pensa – seja sobre temas sociais, políticos ou econômicos (só para mencionar alguns).
Não há como negar que os motores de busca tornaram a Internet muito mais amigável e prática, mas você está ciente do preço? Esses resultados de preenchimento automático que você obtém quando digita uma letra ou uma palavra que parece incrivelmente familiar não são apenas um recurso interessante – são algoritmos complexos que usam informações pessoais suas para fornecer resultados mais personalizados.
Que tipo de informação, você pode perguntar? Bem, motores de busca como o Google, Yahoo! E o Bing coletam o seguinte:
E isso é só o começo.
Todos esses dados também são integrados a outras informações coletadas através de serviços que os motores de busca possuem (como o YouTube, que é de propriedade do Google).
Embora a navegação anônima não possa protegê-lo contra todas as violações de privacidade listadas acima, pode ajudá-lo a proteger melhor seus dados pessoais para desfrutar de mais privacidade e poder usar mecanismos de pesquisa sem aquela sensação assustadora de “Eu sei tudo sobre você”.
Como os motores de busca, anunciantes também sabem um pouquinho demais sobre você. Como, você pode perguntar? Bem, você pode agradecer aos motores de busca e às plataformas de redes sociais por isso (juntamente com outros sites menores). Eles compartilham seus dados com anunciantes terceirizados para obter lucros.
E, não, não é um grande segredo, nem ilegal – provavelmente, vem mencionado nos Termos de Serviço do motor de busca ou do site da rede social. Ei, essas plataformas geralmente são gratuitas, então, não é uma surpresa tão grande.
Mas eles não são os únicos culpados. Provedores de internet às vezes podem vender dados do usuário a anunciantes terceirizados também. Felizmente, isso não acontece em todos os países. Atualmente, apenas pessoas nos EUA precisam lidar com isso (apesar de não haver garantia de que negócios sombrios, nos bastidores, entre provedores-anunciantes, não estejam ocorrendo em outros países).
O que tudo isso significa para você? Além de ter sua privacidade vendida para obter lucros, isso significa que você começará a ver cada vez mais anúncios personalizados na web. Por exemplo, se você gosta de uma página do Facebook sobre fogões, não se surpreenda se começar a ver anúncios de fogões no Facebook, Google e outros sites.
Para algumas pessoas, isso pode ser conveniente. Para a maioria de nós, é simplesmente assustador e intrusivo. Felizmente, a navegação privada pode ajudar, limitando a quantidade de informações que os anunciantes recebem sobre você. Além disso, é uma boa ideia verificar as configurações de privacidade na maioria das plataformas e mecanismos de pesquisa que você usa para desativar anúncios personalizados (ou qualquer coisa relacionada a anúncios, na verdade).
Os provedores podem tornar a sua conexão mais lenta se considerarem que você está usando “dados demais” para fazer algo online – seja assistir a vídeos em plataformas de streaming, ligações por VoIP ou jogos. Eles fazem isso supostamente para melhorar seus serviços (o que tem fundamento), mas também para convencer usuários como você a pagar por um plano de dados maior e mais caro ou para fazer uma assinatura mais cara.
Os provedores podem fazer isso porque têm acesso a tudo o que você faz na internet. A boa notícia é que você pode resistir, navegando de forma anônima na internet, para garantir que seu provedor não possa rastrear quais os sites que você acessa ou quais arquivos baixa.
Usar Wi-Fi pública que não exige senha é extremamente prático, mas também muito perigoso. Devido à falta de criptografia, qualquer pessoa pode bisbilhotar suas conexões, suas atividades online e detalhes pessoais (como dados do cartão de crédito e credenciais de login).
Você poderia evitar isso simplesmente usando uma rede protegida por senha, mas a infeliz verdade é que fazer isso não garante que a conexão será segura. Por quê? Por causa do KRACK, que pode comprometer redes protegidas por WPA2.
A melhor opção é simplesmente garantir que você está aproveitando uma certa dose de anonimato quando se conectar a uma rede Wi-Fi – pública ou não. Assim, mesmo se alguém monitorar sua conexão, não será capaz de saber nada valioso ou roubar informações sensíveis.
Apesar da internet oferecer uma vasta gama de conteúdo, na verdade, você não tem acesso a tudo. Muitas vezes, restrições geográficas aparecerão no caminho, evitando que você faça isso. Dito de forma resumida, são uma forma de bloquear o acesso a conteúdo com base em sua localização geográfica. Eles geralmente são usados por provedores de conteúdo por razões legais, de rede e relativas a direitos autorais.
A Netflix é um exemplo muito bom disso. Apesar do serviço estar disponível em quase todo o mundo, sua biblioteca de conteúdo dos EUA não pode ser acessada por usuários que vivem fora dos Estados Unidos. O site confere seu endereço IP quando você se conecta a ele, e lhe redireciona para a biblioteca “apropriada”.
Mas restrições geográficas não são a sua única preocupação – conteúdo online pode ser restrito através do uso de firewalls. Isso geralmente ocorre quando um Governo quer bloquear certos sites (a China, por exemplo, bloqueia o Google, Facebook e Blogspot), ou quando um local de trabalho/instituição de ensino quer garantir que seus funcionários/alunos não “percam tempo” navegando online em sites como YouTube ou Twitter.
Nas duas situações, a navegação online lhe permitiria contornar restrições do firewall sem que ninguém saiba, a maior parte do tempo.
Dependendo do país em que você vive, fazer o download de torrents pode ser algo simples de fazer na Internet ou uma atividade ilegal que pode resultar em receber notificações da Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital (DMCA, na sigla em inglês), multa de milhares de dólares (se não mais), e, em alguns casos, em um processo judicial ou prisão.
Mesmo se deixarmos o aspecto legal de lado, o torrent ainda não é muito seguro, porque todas as pessoas que estão baixando/enviando o mesmo torrent que você podem ver seu endereço IP verdadeiro, o que significa que quaisquer dados privados associados ao seu IP são deixados à mercê de estranhos.
Felizmente, a navegação anônima ajuda você a superar esse obstáculo, garantindo que ninguém saiba sua identidade – tanto para mantê-lo a salvo de hackers em potencial e de trolls de direitos autorais, quanto a salvo de problemas com a lei.
Como um aviso legal, não endossamos a violação de direitos autorais internacionais ou pirataria online, mas compreendemos que algumas pessoas só podem acessar arquivos de entretenimento, trabalho ou faculdade através do P2P.
Nesta seção, vamos falar sobre as formas mais fáceis e comuns de manter o anonimato quando estiver online. Isso não quer dizer que não são eficientes, é claro.
Uma VPN é um serviço que você pode usar para navegar de forma anônima ao mascarar seu endereço IP verdadeiro e criptografar seu tráfego online, garantindo que ninguém possa monitorá-lo. Como é muito fácil usar uma VPN, é um dos métodos mais populares de navegação anônima.
Se você quiser aproveitar navegação anônima com uma VPN, a CactusVPN tem o que você precisa. Nós oferecemos um serviço de VPN acessível que utiliza criptografia AES de ponta para proteger seus dados privados e tráfego online quando você estiver online. Também temos uma rígida política sem registros, o que significa que não armazenamos nenhuma informação sensível sobre nossos usuários.
Todos os nossos mais de 35 servidores de alta velocidade usam IPs compartilhados, e vêm equipados com banda larga ilimitada. Além disso, nossos aplicativos de VPN são muito fáceis de usar.
Além disso, se você tiver interesse em acessar conteúdo bloqueado geograficamente, vai gostar de saber que nossa VPN pode vir com um serviço de Smart DNS que pode ajudá-lo a desbloquear mais de 340 sites de todo o mundo.
E assim que você se tornar um cliente CactusVPN, ainda teremos sua garantia de devolução do dinheiro por 30 dias.
Um proxy é um servidor que atua como intermediário entre uma pequena rede local e a Internet. Muitos usuários online contam com proxies para ocultar seus endereços IP e acessar conteúdo bloqueado geograficamente. A maioria dos serviços de proxy geralmente é gratuita, mas também existem proxies pagos.
Basicamente, o Tor é uma rede de anonimato que permite aos usuários acessarem a internet de uma forma mais privativa. Funciona ao transferir dados entre vários relés (também chamados de “roteadores” ou “nós”) como uma forma de disfarçar a localização e tráfego de um usuário.
A maioria dos navegadores mais populares vêm com um modo incógnito/privacidade. A ideia é usá-lo se você não quiser que nenhum dado relacionado a sua sessão atual seja armazenado. Em teoria, isso significa que nenhum cache da web, cookies ou histórico da web é usado.
Mas tenha em mente que esse recurso é melhor utilizado juntamente com uma ferramenta de privacidade, como uma VPN. Os modos privacidade/incógnito oferecem um certo nível de navegação anônima, mas não protegem a sua conexão. Além disso, a privacidade é apenas do seu lado.
Uma das principais razões pelas quais você deve limpar o cache de seu navegador é se livrar de todos os cookies que são colocados em seu dispositivo quando você navega online. Cookies são pequenos arquivos de texto colocados no seu computador quando você visita um site (não se preocupe – muitas vezes é solicitado que você dê seu consentimento para isso).
Cookies são usados para armazenar informações sobre seus hábitos de navegação, para que os sites possam oferecer uma experiência mais personalizada e prática (por exemplo, isso evita que você tenha que digitar novamente suas credenciais de login, ou armazena os itens do carrinho de compras por um tempo, mesmo se você abandonar o carrinho).
Geralmente, essa não é uma grande preocupação. Mas o fato dos cookies poderem ser usados por anunciantes para monitorar seus movimentos online pode ser bem irritante – sem mencionar uma brecha em sua privacidade. Além disso, de acordo com o Cookie Central (um grande recurso sobre cookies da internet), pessoas inescrupulosas podem usar cookies para “construir perfis detalhados de seus interesses, hábitos de compra e estilo de vida”.
Apesar de não poder se livrar inteiramente de cookies, você pode limpar o cache de seu navegador regularmente para tornar mais difícil para os sites monitorarem seus hábitos. Se você quiser ser extremamente diligente, pode limpar seu cache após cada sessão de navegação.
Além de ajudar com cookies, limpar seu cache também pode ajudar os sites a carregar mais rápido e consertar erros do navegador.
O Google supostamente exibe cerca de 29 bilhões de anúncios por dia para usuários online. E não apenas o Google – não estamos levando em conta plataformas como o Facebook.
“Certo, então, eu posso receber um monte de anúncios diariamente, mas isso não é um problema muito sério”.
Verdade, isso pode não parecer um problema, mas considere que anúncios online não são apenas caixas de texto simples que só estão ali para serem exibidos. Na verdade, eles “ouvem” o que você está fazendo – basicamente, monitorando os seus cliques e ações para seguir você online. Por quê? Para que você receba anúncios mais “personalizados”, é claro.
E, não, isso não é considerado ilegal.
Além da invasão de sua privacidade, alguns anúncios também podem conter malware, infectando o seu aparelho se você interagir com eles.
É por isso que você sempre deve considerar um bloqueador de anúncios em seu navegador. Aqui estão algumas de nossas recomendações:
Recomendamos muito o uMatrix porque ele não apenas bloqueia anúncios, mas também roteiros, iframes indesejados e outras solicitações do navegador, e você tem controle sobre tudo.
Os plugins funcionam na maioria dos navegadores. Às vezes, eles podem ter nomes diferentes, mas todos conseguem chegar ao mesmo objetivo.
E enquanto estamos falando sobre isso, você deveria considerar esses sites para optar por não receber mais anúncios direcionados:
Usar bloqueadores de anúncios com esses sites deve diminuir muito o número de anúncios aos quais você está exposto.
O rastreio de anúncios não é a única coisa com o que se preocupar. Sites focam em monitorar outras coisas também:
Felizmente, parar isso é bem simples – é só usar o Ghostery. Ele funciona em quase todos os navegadores, e é muito fácil de configurar.
Seus perfis nas redes sociais podem vazar muitas informações pessoais sensíveis se são definidas para o modo público. Pense nisso: estranhos podem facilmente saber várias coisas sobre sua vida apenas vendo o que você posta. É por isso que é melhor tornar todas as contas privadas – aqui estão algumas diretrizes úteis para isso:
Também seja muito cuidadoso com o tipo de informação que você compartilha nas redes sociais. É melhor que não seja nada que possa revelar muitos detalhes sobre sua vida pessoal (especialmente sua localização).
Quase todos os sites de mídia social ou sites importantes, como o Google, rastreiam a localização do seu dispositivo. Embora eles façam isso para fornecer serviços mais personalizados, não há como negar que pode parecer intrusivo e assustador. É por isso que você deve sempre verificar as configurações da conta para ver se é possível desativar o rastreamento/compartilhamento de local.
Tenha em mente que fazer isso não garante que plataformas e corporações não rastrearão você o tempo todo. Por exemplo, o Google recentemente esclareceu que mesmo se você desativar os serviços de Rastreamento de Localização em sua conta do Google, eles ainda podem continuar a rastrear você (“podem” sendo a palavra-chave). Ainda assim, vale a pena dar esse passo extra.
Praticamente todos os aplicativos que você tem em seu dispositivo móvel exigirão que você dê permissão para acessar pelo menos uma das funcionalidades do seu celular para funcionar. Embora isso faça sentido na maioria das vezes, pode se tornar muito intrusivo – como quando os aplicativos solicitam acesso à sua localização em tempo real, galeria de fotos e contatos.
Recomendamos checar as Configurações de Aplicativos do seu aparelho móvel, e revogar permissões que parecem estar exigindo informações pessoais demais. Alguns aplicativos ainda podem funcionar mesmo sem essas permissões.
Nesta seção, vamos mostrar como permanecer anônimo online usando métodos que podem parecer um pouco mais complexos (pelo menos no início). Apesar de poder ser necessário algum tempo e esforço para configurar tudo, pode ajudar muito a proteger a sua privacidade na internet.
Se você não conhece o Signal, é um aplicativo de comunicação online que funciona em aparelhos iOS/Android e no desktop. Seu principal destaque é o fato dele usar criptografia segura de ponta a ponta para proteger suas mensagens de texto e tráfego VoIP para garantir que o que você fala com alguém permanece privado.
Obviamente, é muito melhor do que usar o Facebook Messenger ou o Twitter para conversas privadas, já que dessa maneira as suas mensagens não ficarão expostas.
Você poderia argumentar que o WhatsApp também é uma boa opção, porque ele usa o mesmo tipo de criptografia que o Signal. Mas o problema com o WhatsApp é que ele retém metadados, provavelmente, compartilhando dados do usuário com o Facebook (que também comprou o WhatsApp), e a maneira pela qual ele implementa a criptografia não é tão infalível.
Então, é melhor você não usar o Signal. Talvez, adicionar uma VPN à mistura para aproveitar ainda mais privacidade.
Atualmente, não ter um e-mail não é uma opção, mas usar os mais populares (Gmail, Yahoo! Mail ou Yandex.Mail) não é uma boa ideia – a menos que você queira que os provedores do serviço tenham acesso a todo o conteúdo de seus e-mails.
O Tutanota é uma alternativa muito boa, porque vem com uma caixa de entrada totalmente criptografada. Além disso, a empresa não registra informações pessoais, e só armazena endereços IP em um formato criptografado, acessível apenas pelos próprios usuários. A única desvantagem é que o plano gratuito só vem com 1GB de armazenamento.
O ProtonMail é outra boa opção. O serviço oferece contas de e-mail criptografadas de ponta a ponta, não requer nenhuma informação pessoal para configurar uma conta, e os servidores da empresa se localizam na Suíça, onde são protegidos por leis de privacidade favoráveis. Mas, novamente, a conta gratuita tem um espaço de armazenamento mais limitado (500MB).
Em geral, usar serviços de e-mail criptografado é simplesmente mais seguro. No pior dos cenários, se você realmente precisa usar um serviço de e-mail popular, prefira o Gmail e use esta extensão com ele, já que ele criptografa os seus e-mails.
Dito de forma simples, uma Máquina Virtual simula um disco rígido rodando um sistema operacional sobre o seu atual sistema operacional. Parece complexo, mas na verdade é bem fácil de executar – basta instalar o programa e clicar no ícone em seu desktop.
O que isso tem a ver com navegação anônima, você pode se perguntar? Bem, uma MV oferece uma camada extra de segurança quando você navega na web, pois você pode se conectar à Internet com ela. Todos os arquivos que você acessa ou baixa por meio da MV permanecem lá, eles não aparecem no dispositivo “host”.
Assim, é mais fácil evitar ser infectado por arquivos maliciosos ou por malware que poderia roubar dados sensíveis. Também é altamente provável que você possa evitar cookies de rastreamento (pelo menos até certo ponto), já que eles só serão colocados em sua MV, ao invés de em seu aparelho “host”.
Um programa de MV geralmente é gratuito (o VirtualBox e o VMWare Player), mas existem opções pagas também (como a VMWare Workstation).
Não é segredo que a NSA conseguiu forçar várias empresas de tecnologia ao redor do mundo a construir backdoors em seus programas. Eles até conseguiram “convencer” a RSA (a empresa responsável pelo conjunto de ferramentas de criptografia mais usado do mundo), para incluir falhas de segurança (que a NSA pode aproveitar) em seus algoritmos.
Obviamente, software proprietário não é mais tão seguro – especialmente considerando que a NSA pode simplesmente mirar os desenvolvedores se quiserem. É aí que entra a FOSS (Free Open Source Software) – um programa desenvolvido por indivíduos sem ligação entre si com um código-fonte que qualquer pessoa pode examinar.
Aqui está uma lista de alguns exemplos FOSS para ter uma ideia do que está sendo oferecido.
É claro que sempre há uma chance da NSA poder se infiltrar numa comunidade FOSS, então, é uma boa ideia se precaver.
Embora não seja possível fazer pagamentos anônimos por bens físicos (geralmente), você pode fazer isso com pagamentos online. Um dos métodos mais comuns de fazer isso é usando cartões pré-pagos, mas você também pode confiar na criptomoeda.
O Bitcoin seria a escolha óbvia – não porque é muito popular, mas por ser uma das criptomoedas mais “estáveis”. Primeiro, você deveria fazer uma conta de e-mail anônima com um dos serviços mencionados acima para comprar Bitcoins, para que suas transações não sejam rastreadas até você.
Você deveria experimentar o LocalBitcoins.com, já que é mais anônimo (você fala com um vendedor e marca uma reunião) antes de ir para plataformas grandes, como a Coinbase ou a Binance.
Ainda assim, tenha em mente que Bitcoins não são 100% anônimos. Depois de comprá-los, você ainda tem que usar Bitcoin Mixers para “lavá-los” (é basicamente um processo que os permuta por Bitcoins de vários outros usuários). É claro que Bitcoin Mixers não são gratuitos, e as taxas podem ser um pouco altas.
Se você quiser saber mais sobre a privacidade relacionada ao Bitcoin (especialmente Bitcoin Mixers), confira nosso guia ProPrivacy.com.
Este conselho pode parecer um pouco duro, visto que o Windows 10 é muito popular hoje em dia, mas a verdade é que este sistema operacional é nada menos que um pesadelo de privacidade. Por um lado, ele coleta muitos dados em segundo plano, a ponto de muitas das suas informações pessoais (atividades incluídas) serem compartilhadas com a Microsoft e terceiros.
É claro que você pode desativar a coleta de dados, mas, mesmo se fizer isso, o Windows 10 ainda vai enviar dados de telemetria para a Microsoft. Além disso, quando a Microsoft lançou a Atualização de Aniversário em 2016, eles removeram a opção de desabilitar a Cortana, a assistente pessoal acionada por voz do Windows 10, que gosta de coletar muitas informações sobre você para oferecer uma experiência mais “personalizada”.
Ainda mais incômodo é que as atualizações do Windows 10 da Microsoft têm a tendência de restaurar as configurações de fábrica do seu programa, o que significa que você precisa ajustar suas configurações de privacidade várias vezes.
Algumas alternativas óbvias ao Windows 10 incluem o Windows XP, 7 e 8 e o Mac OS, apesar das distribuições do Linux serem escolhas muito melhores. Se você não tem opção e realmente precisa usar o Windows 10, considere usar o W10Privacy (tenha em mente que não é um programa de código aberto).
Em geral, a navegação anônima é algo que você deve buscar se realmente quer proteger sua privacidade online e dados pessoais, e superar restrições de conteúdo injustas. Você não tem que seguir todos os conselhos que oferecemos neste artigo, mas deve ao menos seguir os que mencionamos na seção “Iniciantes” – sobretudo, limpar seu cache, usar bloqueadores de anúncios, usar uma VPN e manter suas contas privadas nas redes sociais.